Revista divulga lista anual de maiores empresas de capital aberto do mundo; veja como o Brasil está!
Em maio deste ano, a prestigiada revista Forbes divulgou a 19ª edição de sua lista Global 2000. A lista, elaborada desde 2003, reúne as maiores empresas globais de capital aberto do ano.
A lista trouxe vários nomes conhecidos do mercado, outros nem tanto. Os dados, porém, ressaltaram mais uma vez o pouco peso do Brasil. Nesse sentido, nosso país representa menos de 1% do mercado acionário mundial e também das empresas classificadas pela Forbes.
Metodologia de avaliação
De acordo com a Forbes, a lista não leva em conta apenas fatores como valor de mercado, mas sim outras métricas. Além do valor global da empresa, a lista também ranqueia dados como vendas, lucros e ativos das companhias.
Cada uma dessas métricas corresponde a uma lista, ao passo que todas as listas possuem valores mínimos de corte. Para ser incluída na Global 2000, uma empresa precisa estar em pelo menos uma das listas.
Os dados foram consolidados em dólares segundo os valores registrados em 16 de abril de 2021. Os valores mínimos que uma empresa deve atingir para estar em cada lista são:
- vendas: US$ 4,6 bilhões;
- lucro: US$ 278,5 milhões;
- ativos: US$ 12,72 bilhões;
- valor de mercado: US$ 8,3 bilhões;
No total, 3.650 empresas foram selecionadas para compor a Global 2000 de 2021, cada uma delas ocupando posições em pelo menos uma das listas.
Maiores empresas de capital aberto
China e EUA dividem lista
A princípio, o domínio global de Estados Unidos e China também se reflete na lista. De fato, das 15 primeiras colocadas, nada menos que 11 são dos dois gigantes: cinco chinesas e seis americanas. Três companhias estão entre os “intrusos” no Top 15: Samsung (Coréia do Sul), Toyota (Japão) e Saudi Aramco (Arábia Saudita).
As companhias chinesas estão no topo do ranking. A maior empresa é o banco ICBC, com US$ 249,5 bilhões em valor de mercado. Em seguida, na quarta posição, está o China Construction Bank (CCB), cujo valor de mercado é de US$ 210,4 bilhões.
Por outro lado, a empresa melhor colocada dos EUA é o banco JPMorgan Chase, que ocupa a segunda colocação. A Apple, que atualmente é a maior empresa do mundo em valor de mercado, ocupa apenas a sexta posição na lista. Amazon e Google também são destaques, ocupando a 10ª e 13ª posições, respectivamente.
E o Brasil?
A Global 2000 também conta com empresas brasileiras: são 21 companhias no total. Contudo, nenhuma delas ocupa posições acima do Top 100 na lista geral. O banco Itaú Unibanco, com valor de mercado avaliado em US$ 48,5 bilhões, foi o líder entre as empresas brasileiras, ocupando a 109ª posição geral.
Adicionalmente, empresas famosas da bolsa brasileira também entraram na lista, a exemplo de Vale (113ª posição), Bradesco (154ª posição) e Petrobras (159ª posição).
No entanto, é notório que o percentual de empresas brasileiras na lista é bastante reduzido. Das 3.650 companhias, apenas 21 são oriundas do Brasil, o que corresponde a míseros 0,57% do total. A China, por exemplo, possui mais de dez vezes esse percentual.
Diversificação internacional
Conforme mostraram os resultados da lista, o mercado de ações no Brasil ainda possui um espectro muito reduzido. Embora o país seja uma das maiores economias do mundo, seu peso no mercado global é inferior a 1%, enquanto outros países possuem cifras pelo menos quatro vezes maiores do que a brasileira.
Como resultado, a bolsa brasileira é pouco diversificada em termos de opções de investimento. Os números reforçam isso: de acordo com dados da B3, existem pouco mais de 1.000 ativos listados na bolsa brasileira, entre ações, ETFs, BDRs e fundos imobiliários. Por outro lado, as bolsas dos EUA possuem nada menos que mais de 8 mil ativos, isto é, um leque de opções oito vezes maior.
Além da maior quantidade de ativos, o investimento no exterior também implica em uma diversificação maior de setores. De fato, muitos setores que são fortes lá fora — como energia nuclear, tecnologia e games, por exemplo — sequer possuem empresas equivalentes no Brasil.
Por fim, a diversificação entre países serve como uma proteção contra os riscos e a volatilidade do mercado brasileiro. Afinal, o real vem perdendo poder de compra desde 2020, empobrecendo quem manteve todo seu patrimônio no Brasil.
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Em suma, diversificação, maior quantidade de ativos e proteção contra o Risco-Brasil e a inflação são algumas das proteções criadas por uma carteira global. E hoje, construir sua carteira é mais fácil — e barato — do que nunca.
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